Digamos
que o Brasil se confirme como uma Zonocracia, comandada pelo Braço Jurídico do
PT no STF. Os Ministros da Suprema Corte indicados pelo PT estão concluindo a
tarefa de fabricar uma licitude amarga à Democracia, a “Fachina” na ficha suja
do Lula. Ao anular todos os processos que restringia a liberdade política do
ex-presidente Lula, o Ministro Luiz Edson Fachin, de forma monocrática triturou
a Constituição permitindo a Zonocracia. Agora o chefe da gang petista, que
saqueou o Brasil, poderá ser candidato e até ganhar uma eleição sem
legitimidade, porém com licitude garantida no topo do Judiciário Brasileiro.
Mas, a Esquerda Organizada em todos os setores da sociedade está ignorando um
fato social, que é a reação política dos apoiadores de Bolsonaro, seu exército
digital de Bolsomínios. Gente que não fica só nas redes sociais, mas também vai
às ruas protestar em favor do Presidente da República.
No
Espírito Santo, é quase certo, que Casagrande vai derrubar o rei no início da
partida, colocando em seu lugar Gilson Daniel, que já está no Governo, ou seu
maior parceiro, Sérgio Vidigal, que lhe deu no passado um cargo de secretário,
salvando sua carreira política, após um fracasso eleitoral. Essa dívida
política não tem preço, e pode ter chegado a hora de pagar a fatura. Sérgio
Vidigal tem a seu favor, João Coser do PT e um pedaço do PSB da Serra. Caso
Ciro Gomes fosse, nessa abstração o vice de Lula, numa junção histórica PT/PDT,
o que é praticamente impossível, Vidigal teria condições de compor uma grande
frente política de Esquerda, com o PSB, PT e Cia, incluindo até o Podemos, caso
o vice de Vidigal seja Gilson Daniel. Nesse cenário em abstração, Lula teria o
melhor palanque do Estado. Mais uma força que poderia impulsionar essa mega
coligação é a possível candidatura ao governo do ex-prefeito Audifax Barcelos
(REDE), só para dar palanque a Marina Silva. Nós sabemos que Audifax é muito
caseiro e vai desejar o retorno à Prefeitura da Serra, imputando ao Vidigal a
terceira derrota seguida em disputas eleitorais entre ambos. Nada melhor para
amaciar a carne dura, bater, bater e bater. Essa é a tática do Audifax, que
poderá ser o grande pai desses cabos eleitorais abandonados por Vidigal após a
eleição passada. Mas nosso prefeito tem um problema interno ainda maior ao seu
lado, a rejeição na imagem da sua esposa, vista como perseguidora de servidoras
bonitas e ciumenta. Ela entende bem a estrutura de poder que comanda junto ao
marido. Conquistou um espaço de decisão administrativa na gestão, que as vezes
entra em conflito com o complexo xadrez político do Marido, num nível de
inteligência muito mais elevado. Mas numa disputa ao governo do Estado, isso
não seria obstáculo. Uma boa representação dos idosos, que criaram filhos bem
sucedidos e saudáveis.
Mais
uma vez, Vidigal poderia viver a emoção da disputa entre criador e criatura contra
Carlos Manato, ao exemplo de Audifax, ele também foi seu secretário. O palanque
de Bolsonaro cresce a cada dia no Estado, na medida do crescimento do
Presidente nas pesquisas eleitorais. Enquanto o Governador despenca
continuiamente, Carlos Manato vem abocanhando esse eleitorado que rejeita Casagrande
e sua ligação com o PT de Lula e João Coser. Ao representar os conservadores, principalmente
os evangélicos, Manato lidera a ala da direita já polarizada desde a eleição
passada, quando quase alcançou o segundo turno contra Renato Casagrande.
Uma
possível disputa de Carlos Manato contra Sérgio Vidigal é muito mais que uma
disputa entre criador e criatura, até porque, a força do Manato vem da igreja
Maranata desde o início da sua carreira política. Naquele tempo Vidigal estava
mais interessado em eleger a esposa a deputada estadual, já que não sentia
firmeza na sua eleição para deputada federal. Manato, pelas Graças de Deus,
como dizem seus eleitores evangélicos, foi durante seus quatro mandatos
destaque na sua atuação como deputado em Brasília. Um exemplo de pontualidade, honestidade,
trabalho e respeito ao povo capixaba. Vidigal, um adorador de Lula confesso,
teve no ex-presidente a inspiração pelo social, assistencialismo e até no que
diz a corrupção, inclusive superando Lula em processos por esse motivo. Então
eu pergunto quem formaria o melhor palanque para Lula no Espírito Santo, João
Coser, que foi desmascarado pelo atual prefeito de Vitória na eleição passada
ou Sérgio Vidigal, cuja justiça ainda não produziu provas de seus supostos
esquemas de corrupção. Isso com Casagrande candidato a senador, no mesmo
palanque. Sérgio Vidigal se transformaria ao lado de Lula numa grande ameaça contra
Carlos Manato e Bolsonaro no Estado. Desde a década de oitenta eu não mais
subestimo Sérgio Vidigal. Numa eleição, que ninguém dava nada por ele foi um
dos vereadores mais votados. Não perderia a oportunidade histórica de compor o
palanque de Lula no Estado. Com seu carisma e história de vida vai fazer a diferença
em 2022, mesmo que seja candidato a governador apenas para eleger a esposa como
deputada federal e o filho deputado estadual.
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