
A sucessão do Governador Renato Casagrande
(PSB) vai acontecer num momento de enfraquecimento da esquerda, gerada no
descontentamento com o Governo do PT, que cresce a cada dia. A sucessão do Presidente
Lula tende a ser conturbada por movimentos de extrema esquerda e extrema
direita, qual final de campeonato de futebol, as torcidas irão à loucura. A
ligação orgânica existente entre o PT, PDT e PSB tende a implantar no grupo do
Casagrande uma carga de rejeição que não vem da Gestão ou da pessoa do
governador, mas sim da ligação política com tudo que a esquerda representa de
ruim nesse momento histórico no Brasil. Sem contar a presença do MST invadindo
propriedades no interior do Estado. As dificuldades crescentes dos municípios
com os efeitos colaterais da Reforma Tributária Petista concentradora das
receitas na União. No Plano Econômico, Haddad que estudou economia apenas dois
meses, como disse numa entrevista, já atolou o Brasil num rombo de 1,5 trilhão
e deve chegar no mínimo a 2 trilhões até o final do mandato. A inflação
voltando e a corrupção se estabelecendo como regra para lidar com Empreiteiros,
Judiciário e Legislativo. O ressurgimento dos esperados esquemas petistas de
corrupção sistêmica é outro tema que entrará na pauta das eleições de 2026.
O Presidente Donald Trump vai colocar o Serviço
de Inteligência Americano, juntamente com Elan Musk trabalhando para eleger Bolsonaro
em 2026, ou outro nome da Direita Brasileira. O certo é que o Bolsonarismo virá
como furacão revirando tudo em função da mudança na política. Num ideal de revirada
nunca vista desde do movimento das Diretas Já, na década de 1980. Bolsonaro
candidato ou não vai fazer muito barulho. O PL certamente terá candidato a
governador e dessa vez Magno Malta (PL) não irá permitir a candidatura do
Manato ao Governo. Mas ao Senado é outra coisa, Manato seria bem-vindo, para disputar
a segunda cadeira do Senado, já que a primeira será do Casagrande. Ninguém
duvida que um dos próximos senadores eleitos será o Casão. A verdade é que
Manato só foi candidato ao governo na eleição passada por uma chantagem que fez
diretamente ao Bolsonaro. Ele seria candidato a Governador outra vez de qualquer
jeito, seja pelo PL ou pelo PTB, que já estava sob seu controle. Tanto é
verdade que Soraya Manato (PTB) foi candidata derrotada a reeleição para
deputada pelo PTB. A Esquerda Capixaba está num mato sem cachorro, seus
principais quadros estão desgastados demais ou investigados por esquemas de
corrupção nas prefeituras por onde passaram. Quem não teve coragem para
disputar a reeleição para prefeito, dificilmente vai expor suas vísceras podres
para disputar com Pazolini o Governo do Estado. Um delegado que expos os esquemas
de corrupção do PT na prefeitura de Vitória, certamente não vai deixar passar
em branco as obras superfaturadas responsáveis por injetar milhões de reais numa
disputa municipal. Diante disso Casagrande não tem muita opção vai ter que
costurar uma aliança de Centro Esquerda descolada do PT, como assim o fez na sua
reeleição. Se Manato tivesse mais equilíbrio psicológico e propostas
estruturantes teria derrotado Casagrande.
O Governador tem duas opções de peso para sua
sucessão, Gilson Daniel (Podemos) e Ricardo Ferraço (MDB). Sua eleição a uma
das cadeiras do Senado é dada como certa ao disputar com um dos quadros da
Direita, o Gilvan da Federal (PL) ou mesmo o Manato, entre outros. Com o dever
de casa cumprido Casão entrou de cara em algumas candidaturas a prefeito que
foram bem sucedidas se fortalecendo ainda mais quando ajudou a conquistar
várias prefeituras juntamente com o deputado federal Gilson Daniel (Podemos) e
seu vice Ricardo Ferraço (MDB). Nomes que tem seus prós e contras, mas que são
da confiança do Governador no Processo Sucessório. Gilson Daniel, embora tenha
transportado Viana no tempo em 200 anos, quando pegou uma cidade rural e
transformou na Capital Estadual da Logística, mesmo assim é desconhecido na
maioria das cidades capixabas, sem contar atritos do seu mandato com o Governo,
assunto já resolvido, mas que deixou desconforto. Ricardo Ferraço, por sua vez,
é conhecido no Estado Todo, mas não tem a formação acadêmica do Gilson Daniel,
que é professor universitário. Meritocracia à parte, a extrema direita capixaba
não tem um quadro forte e preparado para governar o Espírito Santo. Magno
Malta, que deve ser protagonista entre os Bolsonaristas, sofre do mesmo mal do
Ricardo Ferraço, ou seja, a falta de formação acadêmica. O eleitor capixaba
está ficando meritocrático e exigindo apresentação clara de propostas e
projetos de pessoas com formação superior.
A percepção social de que o Delegado Lorenzo
Pazolini (Republicanos), prefeito reeleito de Vitória no Primeiro Turno nas
eleições de 2024, tem certa musculatura para disputar o Governo do Estado em
2026, vem da sua prática profissional, impulsionada por um mandato de
Eficiência Administrativa. Sua imagem de delegado de polícia, que atuou em
favor de crianças e adolescentes indefesos, pode muito bem carregar outros
atributos da segurança rural e urbana. A violência gerada pelo tráfico de
drogas chegou no interior do Estado. A ação terrível do MST assusta os
eleitores da Zona Rural tirando a paz e tranquilidade das pessoas. Os
produtores rurais capixabas que viram alarmados o aumento em 45%, na violência
no campo, com as invasões de terras organizados por grupos de extrema esquerda,
após a tomada do poder pelo Lula e sua quadrilha. Uma parte desses produtores
rurais deposita confiança nesse jovem delegado, que se mostrou experiente o
bastante para comandar a Capital do Estado. A Prefeitura de Vitória não é muito
longe do Palácio Anchieta. Paulo Hartung (MDB), antes de ser governador foi
prefeito de Vitória. Uma vitrine fantástica com repercussão televisiva em todas
as regiões do Estado. Enfim Pazolini está com a faca e o queijo na mão.
Essa é a verdadeira ameaça aos planos do grupo
político ligado ao vice governador Ricardo Ferraço. Além dos desgastes
políticos gerados na carreira do maior representante do sul do Estado. Tem
boatos que saem de Cachoeiro de Itapemirim dando conta de uma suposta juventude
desviada, que teria afastado Ricardo dos estudos. Coisas da juventude como
sexo, drogas e “Rock and Roll”. No interior essas narrativas ainda ganham
repercussão no imaginário. Os boateiros não estão preocupados se existem fatos
ou não. O Importante que o vice governador é um grande líder com atuação
marcante na agricultura.
Pasolini ao contrário de Ferraço tem uma
excelente imagem, o que lhe falta é uma visão geral do Estado com seus problemas
de desenvolvimento regional. Paulo Hartung (MDB) e Casagrande possuem a imagem
de estadistas justamente por conhecer as características culturais das diversas
regiões do Estado. Coisa simples de se resolver com pesquisas e orientações
sociológicas. Seus atributos intelectuais, a juventude a beleza e
principalmente seu perfil conservador de Direita são muito apreciados entre os
eleitores. Nesse quesito Magno Malta seria desconstruído, até mesmo pelas redes
de boatos que encontram nele os mesmos problemas da imagem do Ferraço, ou seja,
seu passado como suposto usuário de drogas e falta de escolaridade superior.
Embora ele sempre fez comentários sobre ter usado drogas na juventude na
tentativa de tratar a imagem e tenha criado o monstro da pedofilia para desviar
atenção para algo mais grave. Numa disputa ao Governo essas coisas vão aparecer.
Sem contar seu caso conturbado com a cantora gospel Lauriete, que até hoje é
comentado no meio evangélico. Os bolsonaristas tendem a ligar adultério e
drogas ao posicionamento da Esquerda Promíscua. Numa disputa com o Pazolini de
imagem límpida e transparente, o eleitor terá o mesmo comportamento que teve ao
reeleger Casagrande. O extremismo do Manato e um suposto adultério não
comprovado contribuíram para sua derrota. Magno, tem uma série de problemas de
imagem no meio gospel, seu maior público, com esse perfil de extremista de
Direita será difícil disputar com Pazolini até nesse público. Em termos
sociológicos, dessa roseta de quatro pétalas deverá sair o futuro governador.
Outros quadros poderão surgir, mas esses quatro nomes são os que possuem as
melhores condições de disputar com êxito o Governo.
O melhor caminho para Casagrande fazer o
sucessor está na postura de Centro Esquerda do deputado federal Gilson Daniel,
que na eleição passada apoiou Bolsonaro no Palanque do Casagrande e foi autor
da estratégia do voto Casanaro. Os eleitores conservadores que rejeitavam
Manato, por ausência de propostas estruturantes votaram no Casagrande com um nó
na garganta. Gilson que fez o podemos conquistar mais de uma dezena de
prefeituras e vice prefeituras é hoje um político em ascensão. No grupo do
Governador é o único que pode competir com reais chances de vitória contra o
Prefeito de Vitória.