Algumas pessoas criticaram por eu ter omitido
Paulo Hartung na Roseta resumida de apenas quatro nomes na futura disputa ao
Governo do Espírito Santo. Disseram que Manato e Paulo Hartung serão candidatos
ao Governo. Que minha análise não era sociológica. Eu digo com quase certeza
que ambos não serão candidatos ao Governo. Manato é um cara bom, dedicado, que
ajudou politicamente muitos municípios capixabas. Fui seu marqueteiro e
assessor de sua esposa com orgulho. Também participei do QG do Manato nas duas campanhas
ao Governo, mas o momento agora é de roupa nova. O eleitor não quer mais saber
das jabiracas da política capixaba. Jabiraca é aquela roupa velha, cafona,
demodê que não cai bem, mas algumas pessoas gostam de vestir suas roupas
antigas e sem graça. Nessa última eleição Casagrande desconstruiu aquele que
foi um excelente deputado federal, para onde deveria voltar em 2026. Nosso
amigo não deveria se aventurar num pleito majoritário. Suas forças políticas o
podem garantir uma vaga de deputada estadual para sua mulher e outra vaga na
Câmara Federal para si mesmo, que seria ótimo para o Estado. Manato sabe o
caminho das pedras e seria um bom deputado federal, como das outras quatro
vezes em que nos deu essa honra de ser um ótimo deputado nos representando em
Brasília. Sem contar que Manatinho foi quem nos apresentou Bolsonaro, seu amigo
pessoal.
Paulo Hartung o coringa do baralho sucessório
As cartas já foram dadas uma das cadeiras do
Senado já é do Renato Casagrande (PSB) e a outra do Paulo Hartung (PSD), se ele
não for candidato vice-presidente na chapa do Gilberto Kassab (PSD). Hartung é
um político que não nasceu para perder, não entra em bola dividida e gosta de
ser imprevisível qual Coringa num jogo de baralho. A definição do papel do Coringa
aparece no Google dessa forma: “O coringa, também conhecido como curinga, é uma
carta especial que pode representar qualquer outra carta do baralho. O seu
papel é tornar o jogo mais imprevisível e emocionante, aumentando as
possibilidades e estratégias”. Hartung ao simular seu retorno à política, não o
fez com aqueles ares de imperador, que marcou sua passagem pelo Governo do Estado,
mas colocou apenas no plano hipotético, uma abstração, que não condis com seu
estado simbólico no momento. Sua força política se dissolveu muito no tempo inativo
que passou longe de seus admiradores. A única candidatura que apoiou para
prefeito na eleição passada foi derrotada. A imagem que deixou para trás quando
desistiu de disputar a reeleição contra Casagrande foi de um cara doente, fraco
e covarde. Depois de tanto tempo sem percorrer o Estado, sem ajudar suas
lideranças na conquista de prefeituras, se descapitalizando politicamente a
cada ano, será mesmo que esse é o foco do velho guerreiro? Claro que não! Sua
tendência é pegar de graça uma cadeira no Senado, por um partido mais à Direita,
se polarizando no simbólico com o senador gay do PT. Não tem nenhuma bola
dividida dois gigantes da política capixaba contra dois senadores irrelevantes
no cenário federal. Fabiano Contarato (PT), embora seja a maior força do
Governo Lula no Estado sofre muitos preconceitos após expor nas redes sociais
seu jovem marido com os filhos adotivos. As pautas do PT sobre casamento entre
gays, liberação da maconha e aborto, não agrada a população cristã. Contarato é
visto como um dos principais defensores dessas políticas para uma população
conservadora, que não aprova tais propostas.
Marcos do Val do Podemos, partido comandado
pelo Gilson Daniel, é outro que será candidato à reeleição, mas que não teria
êxito numa disputa contra Paulo Hartung. A população dos eleitores capixabas
até hoje não viu nada desse senador a não ser sua novela protagonizada com
Alexandre de Moraes no papel de vilão. Mesmo sendo um senador identificado com
o bolsonarismo dificilmente teria chances contra o Baianinho.
Para concluir esse artigo Paulo Hartung, na
posição de Coringa pode até disputar o Governo do Estado em termos hipotéticos,
mas como diria Lacan, cair do imaginário para uma simbologia política, que lhe
transporte para a realidade da eleição é outra coisa. Paulo Hartung (PSD) sabe
que uma disputa com Lorenzo Pazolini do Republicanos, ou mesmo contra Gilson Daniel
do Podemos, que representam a renovação na política é bola muito dividida. Nesse
caso o imperador vai abaixar a espada e partir para outra situação mais
favorável.
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