domingo, 21 de março de 2021

Um Palanque forte no Estado para Lula em 2022


 

Digamos que o Brasil se confirme como uma Zonocracia, comandada pelo Braço Jurídico do PT no STF. Os Ministros da Suprema Corte indicados pelo PT estão concluindo a tarefa de fabricar uma licitude amarga à Democracia, a “Fachina” na ficha suja do Lula. Ao anular todos os processos que restringia a liberdade política do ex-presidente Lula, o Ministro Luiz Edson Fachin, de forma monocrática triturou a Constituição permitindo a Zonocracia. Agora o chefe da gang petista, que saqueou o Brasil, poderá ser candidato e até ganhar uma eleição sem legitimidade, porém com licitude garantida no topo do Judiciário Brasileiro. Mas, a Esquerda Organizada em todos os setores da sociedade está ignorando um fato social, que é a reação política dos apoiadores de Bolsonaro, seu exército digital de Bolsomínios. Gente que não fica só nas redes sociais, mas também vai às ruas protestar em favor do Presidente da República.

No Espírito Santo, é quase certo, que Casagrande vai derrubar o rei no início da partida, colocando em seu lugar Gilson Daniel, que já está no Governo, ou seu maior parceiro, Sérgio Vidigal, que lhe deu no passado um cargo de secretário, salvando sua carreira política, após um fracasso eleitoral. Essa dívida política não tem preço, e pode ter chegado a hora de pagar a fatura. Sérgio Vidigal tem a seu favor, João Coser do PT e um pedaço do PSB da Serra. Caso Ciro Gomes fosse, nessa abstração o vice de Lula, numa junção histórica PT/PDT, o que é praticamente impossível, Vidigal teria condições de compor uma grande frente política de Esquerda, com o PSB, PT e Cia, incluindo até o Podemos, caso o vice de Vidigal seja Gilson Daniel. Nesse cenário em abstração, Lula teria o melhor palanque do Estado. Mais uma força que poderia impulsionar essa mega coligação é a possível candidatura ao governo do ex-prefeito Audifax Barcelos (REDE), só para dar palanque a Marina Silva. Nós sabemos que Audifax é muito caseiro e vai desejar o retorno à Prefeitura da Serra, imputando ao Vidigal a terceira derrota seguida em disputas eleitorais entre ambos. Nada melhor para amaciar a carne dura, bater, bater e bater. Essa é a tática do Audifax, que poderá ser o grande pai desses cabos eleitorais abandonados por Vidigal após a eleição passada. Mas nosso prefeito tem um problema interno ainda maior ao seu lado, a rejeição na imagem da sua esposa, vista como perseguidora de servidoras bonitas e ciumenta. Ela entende bem a estrutura de poder que comanda junto ao marido. Conquistou um espaço de decisão administrativa na gestão, que as vezes entra em conflito com o complexo xadrez político do Marido, num nível de inteligência muito mais elevado. Mas numa disputa ao governo do Estado, isso não seria obstáculo. Uma boa representação dos idosos, que criaram filhos bem sucedidos e saudáveis.

Mais uma vez, Vidigal poderia viver a emoção da disputa entre criador e criatura contra Carlos Manato, ao exemplo de Audifax, ele também foi seu secretário. O palanque de Bolsonaro cresce a cada dia no Estado, na medida do crescimento do Presidente nas pesquisas eleitorais. Enquanto o Governador despenca continuiamente, Carlos Manato vem abocanhando esse eleitorado que rejeita Casagrande e sua ligação com o PT de Lula e João Coser. Ao representar os conservadores, principalmente os evangélicos, Manato lidera a ala da direita já polarizada desde a eleição passada, quando quase alcançou o segundo turno contra Renato Casagrande.

Uma possível disputa de Carlos Manato contra Sérgio Vidigal é muito mais que uma disputa entre criador e criatura, até porque, a força do Manato vem da igreja Maranata desde o início da sua carreira política. Naquele tempo Vidigal estava mais interessado em eleger a esposa a deputada estadual, já que não sentia firmeza na sua eleição para deputada federal. Manato, pelas Graças de Deus, como dizem seus eleitores evangélicos, foi durante seus quatro mandatos destaque na sua atuação como deputado em Brasília. Um exemplo de pontualidade, honestidade, trabalho e respeito ao povo capixaba. Vidigal, um adorador de Lula confesso, teve no ex-presidente a inspiração pelo social, assistencialismo e até no que diz a corrupção, inclusive superando Lula em processos por esse motivo. Então eu pergunto quem formaria o melhor palanque para Lula no Espírito Santo, João Coser, que foi desmascarado pelo atual prefeito de Vitória na eleição passada ou Sérgio Vidigal, cuja justiça ainda não produziu provas de seus supostos esquemas de corrupção. Isso com Casagrande candidato a senador, no mesmo palanque. Sérgio Vidigal se transformaria ao lado de Lula numa grande ameaça contra Carlos Manato e Bolsonaro no Estado. Desde a década de oitenta eu não mais subestimo Sérgio Vidigal. Numa eleição, que ninguém dava nada por ele foi um dos vereadores mais votados. Não perderia a oportunidade histórica de compor o palanque de Lula no Estado. Com seu carisma e história de vida vai fazer a diferença em 2022, mesmo que seja candidato a governador apenas para eleger a esposa como deputada federal e o filho deputado estadual.

 

 

segunda-feira, 8 de março de 2021

O Exército Eleitoral da Prefeita Sueli Vidigal, e as eleições de 2022

    

Hoje eu quero falar nesse artigo da mulher mais poderosa da Serra. Mulher guerreira que batalha aos gritos para realizar seus desejos políticos, à moda antiga de Maquiavel, não importando os meios e consequências, até a violência simbólica ou mesmo física se for inevitável. Após a morte, por crivo de balas do seu motorista, que nunca foi investigada profundamente, passou a ser chamada nos meios intelectuais de “mulher poderosa”. Nós sabemos que dona Sueli tem um bom coração e não faria mal a ninguém dizem alguns. Ela também é uma figura mitológica, dizem outros, de dar medo em juízes e promotores. Deixando de lado a conturbada composição da imagem da Primeira Dama da Serra, vamos ao seu lado bom. Acreditem ela tem um!

Um fragmento de História Serrana. No meu passado na Esquerda, comecei militando no PCB, comandado na Serra, naquela época, meados da década de 1980, por Adão Célia e Dr. Sant Clair”. Achei o comunismo uma ideologia pesada, tanto quanto as Obras de Carl Marx, que carregávamos debaixo dos braços, sem abrir, sem mesmo ler o prefácio. Mais tarde passei a conhecer esses conceitos no curso de sociologia.

Convidado pelo saudoso Ex-prefeito Naly Miranda me filiei ao PDT e passei a ser um dos seus discípulos. Naly tinha uma biblioteca enorme e trocávamos livros e ideias em muitas oportunidades. Eu desejava ser candidato a vereador, mas meu discurso carregado de sotaque mineiro era sempre motivo de chacotas, por isso adiei. Nas nossas reuniões tinha os favoritos e também um médico psiquiatra, tímido, que ninguém dava nada por ele. Naquela época uma inspiração, pois esse médico foi o mais votado do partido, se elegendo vereador. Assim conheci o atual Prefeito Sérgio Vidigal (PDT). No início da década de 1990 comecei um projeto para ser vereador da Serra, no ano seguinte embarquei numa candidatura na canoa furada do Sérgio Vidigal que nos derrotou. Planejava ser candidato outra vez no PDT, mas fui convidado a deixar o partido, na voz macia do então deputado Sérgio Vidigal. Minha ligação com João Miguel Feu Rosa, que era professor da UFES, no Departamento onde eu trabalhava, levantou suspeita de que eu seria um traidor. Foi uma decepção, Vidigal era a minha esperança de mudança.

A carreira política de João Miguel se dissolveu na finitude de seu último mandato de deputado federal. Eu me formei em sociologia e passei a fazer pesquisas de opinião pública, qualitativas e quantitativas. Pensava que sabia tudo sobre o tema da Ciência Política e opinião pública. Sem fazer uma pesquisa, me candidatei a vereador na eleição do ano passado e tive dez vezes menos votos, do que da primeira vez que fui candidato. Tinha uma coisa que eu havia esquecido sobre o eleitor serrano, o volume de campanha.

A Família Vidigal ao contrário, sempre elevou seus volumes de campanha, ao ponto de saturar o eleitor, cravando uma derrota no coração de Sueli Vidigal e duas derrotas no coração do Marido. A rejeição de Sueli qualificada em várias pesquisas, tem haver com esse mito, que faz dela uma mulher temida e odiada por muitos, mas também adorada por um exército de cabos eleitorais, que ocupam parte do secretariado e os cinco níveis dos cargos em comissão. Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, também para dar notícias sobre a máquina eleitoral de Sueli, vejamos. Um exército de cargos comissionados comandado por nossa Prefeita Guerreira, turbinada pela frustração da derrota na eleição passada para deputada estadual. Na Igreja Evangélica quando o marido é pastor a esposa é vista como pastora. As ações imperativas de Sueli, junto aos cargos comissionados, fazem dela a prefeita de fato aos cargos ligados à SEMAS - Secretaria Municipal de Assistência Social e Secretaria de Saúde, entre outras.

A gestão Vidigal distribui o poder, como se fosse um tabuleiro de Xadrez. Sérgio Vidigal seria o Rei, Sueli a Rainha, os secretários seriam as Torres e os cargos de CC1 a CC3 seriam os Bispos. Já os cargos CC4 os Cavalos e os cargos CC5 os diversos piões, que podem ser sacrificados a qualquer momento em função das jogadas políticas com vereadores, financiadores, amigos e apoiadores.  Mestre Vidigal já mostrou que poderá sacrificar qualquer um, até mesmo a Rainha, dependendo da jogada política. Mas ele prefere uma gestão compartilhada entre o Rei e a Rainha. Tem jogadas maldosas que poderá usar a Rainha ou até mesmo os Cavalos, que saltam por obstáculos maximizando sua maldade. Os cargos comissionados são distribuídos entre: Prefeito, Primeira Dama e vereadores. Existe um conflito eles, com Sueli Vidigal tentando manipular esses cargos em função da sua próxima candidatura em 2022. A sabedoria profunda de Sérgio Vidigal, muitas vezes é ofuscada pela falta de habilidade da esposa, acostumada a ganhar tudo no grito. Alguns de seus gritos acabam acordando velhos fantasmas ligados à Polícia Federal e membros sérios do Ministério Público de Contas. Esse Exército de Cargos Comissionados exige jogadas inteligentes por mantê-los nesse tabuleiro político minimizando sacrifícios desnecessários.

Deveria haver uma Lei proibindo esposas e filhos dos prefeitos, governadores e até mesmo do presidente da República de serem candidatos aos cargos eletivos. É uma grande injustiça quando o peso eleitoral da máquina, somado aos fundos públicos de campanha facilitam o acesso ao poder às esposas e filhos dos gestores públicos e agentes políticos.  Se Fábio Duarte e Sueli fossem disputar um mandato de deputado estadual, veja o que aconteceria. A esposa do prefeito teria um monte de facilidades contra as dificuldades de Fábio Duarte, por exemplo: acesso aos cargos das empresas terceirizada na prefeitura da Serra e prováveis “doações” em recursos financeiros na modalidade de caixa dois, imperceptíveis pela Justiça Eleitoral. Saber jogar com a justiça é a única coisa que explica, uma carga com dezenas de processos judiciais sem solução e até mesmo supostos crimes sem investigação.

A Família Vidigal tem que entender, que o que gerou rejeição contra Sueli é a perigosa Leia da Física sobre ação e reação.

- A terceira lei de Newton, conhecida como lei da ação e reação, afirma que, para toda força de ação que é aplicada a um corpo, surge uma força de reação em um corpo diferente. Essa força de reação tem a mesma intensidade da força de ação e atua na mesma direção, mas com sentido oposto. Assim está no Google.

Quando Sueli tentar sacrificar um peão CC5, poderá bater de frente contra um vereador e até mesmo o prefeito Rei e ser sacrificada em função das suas barbaridades e conduta que foge à liturgia da função de Primeira Dama. Para concluir mostro uma luz no fim do túnel, o lado bom de Sueli Vidigal. Me lembro dela ainda jovem, nas ruas gritando palavras de ordem para eleger o marido. Provavelmente Sérgio Vidigal não teria uma carreira política tão sólida, sem essa guerreira infalível que foi Sueli levando seu nome para todos os bairros da Serra e até mesmo cidades do Estado. Se eu fosse Sérgio Vidigal lançaria Eduardo Vidigal, seu filho do outro casamento, a deputado estadual, e daria a Sueli a chance de se aposentar no cargo de deputada federal. Com esse exército eleitoral tão ordeiro e bem mandado, o grupo poderia preitear esses cargos públicos de deputados. Os piões CC5, que nada têm a perder são peças que algumas podem defender o Rei Prefeito de ataques violentos e repentinos. Moral da estória nem todos os piões podem sofrer sacrifício, e alguns devem ser promovidos a peças mais importantes. Estamos em tempo de Pandemia, com desaceleração econômica e ameaça de estagflação, com desemprego e recessão. Exonerar alguém e transforma um aliado em adversário, inevitavelmente.  Dito isso, Feliz dia Internacional da Mulher Prefeita Sueli Vidigal, que Deus ouça seus gritos por misericórdia.


quinta-feira, 4 de março de 2021

O GOLPE DE MESTRE DE CASAGRANDE

 

Foto adquirida no endereço: https://www.agazeta.com.br/colunas/vitor-vogas/gilson-daniel-o-novo-homem-forte-do-governo-casagrande-0321

O seu governador nos surpreendeu, com a jogada repentina no reforço da própria imagem ao compor sua equipe com o ex-presidente da Amunes e ex-prefeito de Viana. Gilson Daniel é sinônimo de ótimo gestor, capacidade administrativa e formação técnica. O Serviço de Inteligência de Casagrande já deve ter detectado os confrontos imaginários do nosso chefe de Estado com os novatos no cenário político estadual. Sem contar o confronto real contra Carlos Manato, o parceiro de Bolsonaro no Estado, que lhe bate todos os dias nas Redes Sociais, já polarizados desde a campanha passada.

O Sérgio Meneguelli aparece até em pesquisas para presidente do Brasil. Esse tipo moderno de populismo, que começou com o Dória, quando se vestia de gari e ficava varrendo ruas e cuidando de jardins, quando prefeito. Dória se projetou ao governo de São Paulo usando essa estratégia. Meneguelli como prefeito foi um ótimo gari, já que sempre era visto limpando ruas e cuidando de jardins. Quando as enchentes invadiram o interior do Estado, lá estava Sérgio Meneguelli, com sua surrada camisa: “Eu amo Colatina, toda suja de barro e as mãos calejadas pelo sacrifício de ajudar pessoas desabrigadas e colaborar naquele momento crítico. Essa imagem de quem quer ajudar é o diferencial entre o ex-prefeito de Colatina e o governador de São Paulo, que quer entregar de mãos beijadas o patrimônio público do Estado aos comunistas chineses.

O Lorenzo Pazolini é outro gestor que está sendo avaliado nesse momento, como prefeito de Vitória. Se não for candidato vai pesar a balança em favor daquele que obtiver seu apoio.

Por fim tem o Coringa, no baralho político de Casagrande, o ex-prefeito melhor avaliado no Espírito Santo, que também presidiu a Amunes. Gilson Daniel já provou suas habilidades políticas e poderá comandar o serviço de inteligência de Casagrande. Se não for candidato ao governo, deverá disputar umas das cadeiras de Deputado Federal.

A Serra contribui nesse cenário político com os dois rivais, outrora aliados Audifax Barcelos e Sérgio Vidigal. Caso Audifax seja candidato ao governo, Vidigal vai cair na campanha de Casagrande.

Deixando de lado a abstração sobre cenários hipotéticos, hoje, só tem dois grupos políticos no páreo, para disputar com possiblidade de vitória o governo do Estado, o Bolsonarismo e o Lulismo. Na liderança vem Carlos Manato impulsionado pelo Bolsonarismo, que cresce a cada dia. Casagrande, que despenca nas pesquisas continuamente, bate de frente com Bolsonaro para atrair os lulistas. Mas as suspeitas de corrupção no governo, bem como seu nome cravado na Lava Jato, somado às suspeitas de corrupção no tratamento da Covid 19, fazem do governador uma carta quase fora do baralho. Se Casagrande for mesmo candidato a Presidente do Brasil, será desmascarado em nível nacional e dificilmente conseguirá fazer o sucessor.