A
pesquisa qualitativa em profundidade comentada pelo banqueiro André Esteves, em
áudio vazado, aponta que o perfil ideal do próximo presidente é de Centro
Direita. Não está na via do radicalismo de direita representado por Bolsonaro e
muito menos na via do radicalismo de esquerda representado por Lula. Nesse
imaginário surge a terceira via representada pelo ex-juiz Sérgio Moro, o cara
da Lava Jato.
Nessa
polarização triangular Sérgio Moro, que tem baixíssima rejeição, vai abocanhar
as taxas de rejeição de Bolsonaro e Lula. Nesse cenário Ciro Gomes apagaria sua
lanterna da terceira via. Marina Silva se quer aparece pontuada nas pesquisas,
dificilmente será candidata em 2022 a um cargo majoritário. João Dória e os
outros não existirão.
Quem
sofre o maior impacto com a candidatura do cara da Lava Jato é o Lula, não pelo
fato de ter sido preso por essa operação, mas por arrancar do corrupto petista
parte do eleitorado que rejeita Bolsonaro. Existe no imaginário político uma
fatia do eleitorado que rejeita Lula e Bolsonaro ao mesmo tempo. Por ser um
eleitor muito exigente quanto a meritocracia tenderá ao apoio do Moro. Em
contra partida entre os bolsonaristas, Sérgio Moro tem uma dose de rejeição,
que poderá ser tratada ao longo da campanha. Lembrando que no geral a memória
do eleitor é curta e Moro no mínimo vai dar muito trabalho aos favoritos de
2022.
Os
desafios de Bolsonaro são muitos, controlar a inflação e reconquistar seguidores,
acalmar o centrão e ficar bem com uma parte da mídia e dos formadores de
opinião. Lula por sua vez entrou em pânico e já está descartando a hipótese de ser candidato à sucessão de Bolsonaro. O Vermelho amarelou de vez.
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